sábado, 14 de abril de 2012




90377 SEDNA

90377 Sedna é um objeto transnetuniano descoberto em 2003, que atualmente está cerca de três vezes mais longe do Sol que Netuno. Sua órbita é extremamente excêntrica, com um afélio de cerca de 960 UA (32 vezes a distância de Netuno), tornando-o um dos objetos mais distantes conhecidos no Sistema Solar além de cometas de longo período.

Sedna é quase certamente um planeta anão, porém a União Astronômica Internacional ainda não o designou formalmente como tal. Mesmo com aproximadamente dois terços do tamanho de Plutão, sua distância do Sol dificulta a determinação de sua forma, então não se sabe se está em equilíbrio hidrostático. Análises espectroscópicas revelaram que a composição da superfície de Sedna é parecida à de outros objetos transnetunianos, sendo principalmente uma mistura de gelo de água, metano e nitrogênio com tolinas. Sua superfície é uma das mais vermelhas no Sistema Solar.

A órbita extrema de Sedna, com um período orbital de cerca de 11 400 anos e um perélio de 76 UA, tem criado muitas teorias sobre sua origem. O Minor Planet Center classifica Sedna como um objeto do disco disperso, um grupo de objetos enviados a órbitas alongados pela influência gravitacional de Netuno. No entanto, essa classificação tem sido contestada, uma vez que Sedna nunca chega perto de Netuno para ter sido afetado pelo planeta, o que levou alguns astrônomos a acreditarem que ele é o primeiro membro conhecido da parte interna da nuvem de Oort. Outros especulam que Sedna foi colocado em sua órbita atual por uma estrela, possivelmente do aglomerado em que o Sol nasceu, ou até mesmo que foi capturado de outro sistema planetário. Outra hipótese sugere que sua órbita pode ser a evidência de um grande planeta além da órbita de Netuno. O astrônomo Michael E. Brown, o co-descobridor de Sedna e dos planetas anões Éris, Haumea e Makemake, acredita que Sedna é cientificamente o objeto transnetuniano mais importante já descoberto, pois o entendimento de sua órbita anormal provavelmente vai fornecer informações valiosas sobre a origem e evolução do Sistema Solar.

Nasasedna.jpg

DESCOBERTA E NOMEAÇÃO

Sedna foi descoberto por Mike Brown (Caltech), Chad Trujillo (Observatório Gemini) e David Rabinowitz (Universidade Yale) em 14 de novembro de 2003, recebendo a designação provisória 2003 VB12. A descoberta foi parte de uma pesquisa começada em 2001 com o telescópio Samuel Oschin no Observatório Palomar, situado perto de San Diego, Califórnia. Nesse dia, um objeto foi visto se movendo 4,6 segundos de arco em 3,1 horas, indicando que ele estava a cerca de 100 UA. Outras observações em novembro e dezembro de 2003 com o telescópio SMARTS no Observatório de Cerro Tololo no Chile e com o telescópio Tenagra IV no Observatório W. M. Keck no Havaí revelaram que o objeto estava se movendo em uma órbita distante e excêntrica. Mais tarde o objeto foi descoberto em imagens precovery feitas pelo telescópio Samuel Oschin assim como no arquivo do Near Earth Asteroid Tracking. Essas imagens expandiram o arco orbital conhecido e permitiram calcular sua órbita com mais precisão.

"A nossa mais recente descoberta é o lugar mais frio e distante conhecido no Sistema Solar," disse Mike Brown em seu site, "então nós achamos apropriado nomeá-lo em homenagem a Sedna, a deusa inuíte do mar, que segundo a mitologia vive no fundo do Oceano Ártico." Brown também sugeriu ao Minor Planet Center que outros objetos descobertos na região orbital de Sedna deveriam ser nomeados também a partir de entidades das mitologias árticas. A equipe anunciou o nome "Sedna" antes mesmo do objeto ser numerado oficialmente. Brian Marsden, o diretor do Minor Planet Center, disse que isso era uma violação de protocolo, e que alguns membros da UAI poderiam votar contra o nome. No entanto, não houve oposição, e nenhum nome concorrente foi sugerido. O nome foi aceito formalmente em setembro de 2004, e foi anunciado que, em casos parecidos de descoberta extraordinária, iria ser possível nomear um corpo antes de ele ser oficialmente numerado.

ÓRBITA E ROTAÇÃO

Sedna possui um dos maiores períodos orbitais dentre todos os objetos conhecidos no Sistema Solar, calculado em cerca de 11 400 anos, menor apenas que o de cometas e alguns corpos menores. Sua órbita é extremamente excêntrica, com um afélio estimado em 937 UA e um perélio de cerca de 76 UA, o perélio mais distante já observado para qualquer objeto do Sistema Solar. Na época de sua descoberta ele estava se aproximando do perélio, a 89,6 UA do Sol, e era o objeto mais distante já observado. Em 2005 Éris foi detectado pela mesma pesquisa a 97 UA. Embora a órbita de alguns cometas de longo período se estendam mais longe que a de Sedna, eles são muito pouco brilhantes para serem descobertos, exceto ao se aproximarem do perélio no Sistema Solar interno. Mesmo quando Sedna alcançar o perélio na metade de 2076, o Sol iria aparecer apenas como uma estrela muito brilhante no seu céu, somente cem vezes mais brilhante que a Lua cheia na Terra, e muito distante para ser visível como um disco a olho nu.

Quando foi descoberto, acreditava-se que Sedna tinha um período de rotação anormalmente grande (20 a 50 dias). Inicialmente especulava-se que Sedna tinha um grande companheiro binário, similar à lua de Plutão Caronte, o que explicaria o grande período de rotação. Uma busca por um satélite pelo Telescópio Espacial Hubble em março de 2004 não achou nada, e medições subsequentes feitas pelo telescópio MMT sugerem um período de rotação muito menor de cerca de 10 horas, o que é típico para um corpo do tamanho de Sedna.


CARACTERÍSTICA FÍSICAS

Sedna tem uma magnitude absoluta (H) de 1,6, e possui um albedo estimado entre 0,16 e 0,30, dando assim um diâmetro entre 1 200 e 1 600 km. Na época de sua descoberta ele era o maior objeto achado no Sistema Solar desde Plutão em 1930. Mike Brown e sua equipe acreditam que ele é o quinto maior objeto transnetuniano conhecido depois de Éris, Plutão, Makemake e Haumea. Em 2004, os descobridores colocaram um limite superior de 1 800 km em seu diâmetro, mas em 2007 o valor foi revisto para 1 600 km, após observações com o Telescópio Espacial Spitzer. Como Sedna não tem luas, determinar sua massa é difícil, porém ele provavelmente está na faixa de 1,8–4,3 x 1021 kg.

Observações pelo telescópio SMARTS mostram que na luz visível Sedna é um dos objetos mais vermelhos do Sistema Solar, quase tão vermelho quanto Marte. Chad Trujillo e sua equipe sugeriram que a cor escura e vermelha de Sedna é causada por um revestimento de lodo de hidrocarboneto (ou tolina) na superfície, formado a partir de compostos orgânicos mais simples submetidos à radiação ultravioleta por muito tempo. A superfície é homogênea em cor e espectro; isso pode ser porque Sedna, ao contrário de objetos mais próximos do Sol, raramente recebe impactos de outros corpos, o que iria expor brilhantes manchas de gelo fresco como em 8405 Asbolus. Sedna e outros dois objetos distantes ((87269) 2000 OO67 e 2006 SQ372) compartilham suas cores com objetos clássicos do cinturão de Kuiper e o centauro 5145 Pholus, sugerindo uma região de origem similar.

Trujillo e sua equipe colocaram como limites superiores, na composição da superfície de Sedna, 60% de gelo de metano e 70% de gelo de água. A presença de metano também apoia a presença de tolinas na superfície de Sedna, pois elas são produzidas por irradiação de metano. Barucci e sua equipe compararam o espectro de Sedna com o de Tritão e detectaram fracas bandas de absorção de gelo de metano e nitrogênio. Com essas observações, eles sugeriram o seguinte modelo da superfície: 24% de tolinas como as de Tritão, 7% de carbono amorfo, 10% de nitrogênio, 26% de metanol e 33% de metano. A detecção de gelo de metano e água foi confirmada em 2006 por análises fotométricas feitas pelo Telescópio Espacial Spitzer no infravermelho médio. A presença de nitrogênio na superfície sugere que, mesmo por pouco tempo, Sedna pode possuir uma atmosfera. Em um período de 200 anos perto do perélio a temperatura máxima em Sedna deve ser de 35,6 K (−237,6 °C), a temperatura mínima de sublimação de N2 (de sólido para gasoso). A 38 K a pressão de vapor do N2 seria de 14 microbar. No entanto, seu gradiente espectral vermelho indica altas concentrações de material orgânico em sua superfície, e suas fracas bandas de absorção de metano indicam que o metano em Sedna é antigo, e não recém-depositado. Isso significa que Sedna é muito frio para o metano evaporar de sua superfície e então cair de novo como neve, como acontece em Tritão e provavelmente em Plutão.

Modelos de aquecimento interno através de decaimento radioativo sugerem que Sedna pode ser capaz de suportar um oceano subterrâneo de água líquida.


ORIGEM

No artigo em que foi anunciada a descoberta de Sedna, Mike Brown e sua equipe descreveram-no como o primeiro corpo conhecido que pertence à nuvem de Oort, a nuvem hipotética de cometas situada a cerca de um ano-luz do Sol. Eles notaram que, ao contrário de objetos do disco disperso como Éris, o perélio de Sedna (76 UA) é muito distante para que ele tenha sido influenciado pela gravidade de Netuno. No entanto, como Sedna está bem mais próximo do Sol que um objeto da nuvem de Oort, e tem uma inclinação parecida à dos planetas e do cinturão de Kuiper, eles descreveram o planetoide como um "objeto da nuvem de Oort interna", situada no disco entre o cinturão de Kuiper e a parte esférica da nuvem.

Se Sedna formou-se em sua posição atual, o disco protoplanetário do Sol deve ter tido um raio de mais de 11 bilhões de km. Sua órbita inicial deve ter sido circular, caso contrário sua formação por acreção de corpos menores não seria possível, pois a grande velocidade relativa entre os corpos não iria permitir o processo. Portanto, Sedna deve ter sido levado a sua órbita excêntrica atual por interação gravitacional com outro corpo. Brown e sua equipe sugeriram três possíveis candidatos para o corpo perturbador: um planeta distante desconhecido depois do cinturão de Kuiper, um estrela independente passando perto do Sistema Solar, ou uma das jovens estrelas do aglomerado em que o Sol se formou. 

Comparação de Sedna com a Terra e outros grandes objetos transnetunianos (todos em escala).
Mike Brown e sua equipe preferem a hipótese em que Sedna foi colocado em sua órbita atual por uma estrela do aglomerado em que o Sol nasceu, argumentando que o afélio de Sedna de cerca de 1 000 UA, que é relativamente pequeno comparado com o de cometas de longo período, não é distante o suficiente para ter sido afetado por uma estrela em suas distâncias atuais do Sol. Eles propõem que a órbita de Sedna é melhor explicada por o Sol ter se formado em um aglomerado aberto de várias estrelas que gradualmente foi se desfazendo. Essa hipótese também é apoiada por Alessandro Morbidelli e Scott J. Kenyon. Simulações de computador feitas por Julio A. Fernandez e Adrian Brunini sugerem que várias passagens por estrelas jovens em um aglomerado assim iria deixar muitos objetos com órbitas excêntricas. Um estudo por Morbidelli e Hal Levison sugere que a melhor explicação para a órbita de Sedna é que ele foi perturbado por uma passagem próxima (aproximadamente 800 UA) de outra estrela nos primeiros 100 milhões de anos da existência do Sistema Solar.
A hipótese do planeta transnetuniano tem sido defendida por diversos astrônomos, como Gomes e Patryk Lykawka. Um cenário envolve perturbações na órbita de Sedna por um corpo de tamanho planetário na nuvem de Oort interna. Simulações mostram que os parâmetros orbitais de Sedna poderiam ser explicados com um objeto da massa de Netuno a 2 000 AU (ou menos), da massa de Júpiter a 5 000 UA, e até mesmo da massa da Terra a 1 000 UA.Patryk Lykawka sugere que a órbita de Sedna pode ter sido causada por um corpo do tamanho da Terra, enviado por Netuno para a região transnetuniana no início da evolução do Sistema Solar e atualmente em uma órbita alongada entre 80 e 170 UA do Sol. As diversas pesquisas por Mike Brown não detectaram qualquer objeto do tamanho da Terra até uma distância de cerca de 100 UA. No entanto, é possível que esse objeto tenha sido ejetado do Sistema Solar após a formação dos objetos da nuvem de Oort interna.

Também foi sugerido que a órbita de Sedna é o resultado da influência gravitacional de uma estrela binária companheira do Sol, a milhares de UA de distância. Uma estrela hipotética assim é Nêmesis, uma pequena estrela no Sistema Solar que foi proposta para explicar a suposta periodicidade de eventos de extinção em massa na Terra por cometas, os impactos na Lua, e os elementos orbitais comuns de vários cometas de longo período.  No entanto, nenhuma evidência de Nêmesis foi encontrada por enquanto, e muitos astrônomos questionam sua existência. John J. Matese e Daniel P. Whitmire, grandes proponentes da possibilidade de uma segunda estrela no Sistema Solar, sugeriram que um objeto com cinco vezes a massa de Júpiter localizado a cerca de 7 850 UA do Sol poderia produzir uma órbita como a de Sedna.

Morbidelli e Kenyon também sugeriram que Sedna não se originou no Sistema Solar, mas foi capturado pelo Sol de um sistema planetário extrassolar, especificamente o de uma anã marrom cerca de 20 vezes menos massiva que o Sol.


POPULAÇÃO

A órbita elíptica de Sedna significa que a chance de sua detecção era de aproximadamente 1 em 80, sugerindo que, a menos que sua descoberta tenha sido por acaso, deve haver outros 40–120 objetos do tamanho de Sedna em sua região. Outro objeto, 2000 CR105, tem uma órbita similar porém menos excêntrica: um perélio de 44,3 UA, um afélio de 394 UA, e um período orbital de 3 240 anos. Ele pode ter sido afetado pelos mesmos processos que Sedna.

Cada um dos mecanismos propostos para a órbita extrema de Sedna deixaria uma marca distinta na estrutura e dinâmica de populações mais amplas. Se um planeta transnetuniano foi responsável, todos os objetos na região orbital de Sedna teriam um perélio parecido (~80 UA). Se Sedna foi capturado de um outro sistema planetário que girava na mesmo direção do Sistema Solar, todos os objetos da população de Sedna iriam possuir inclinações relativamente baixas e semieixos maiores entre 100 e 500 UA. Se ele girava na direção oposta, duas populações iriam se formar, uma com inclinações baixas e outra com inclinações altas. Interações gravitacionais com estrelas que passassem pelo Sistema Solar iriam produzir uma variedade de perélios e inclinações, cada um dependendo no número e ângulo de tais encontros.
Descobrir mais objetos dessa população poderia ajudar a determinar qual cenário é o mais provável. "Para mim Sedna é um registro fóssil do Sistema Solar inicial", disse Brown em 2006. "Eventualmente, quando outros fósseis forem encontrados, Sedna vai ajudar a nos contar como o Sol se formou e determinar o número de estrelas próximas ao Sol quando ele se formou." Uma pesquisa de 2007–2008 por Brown, Rabinowitz e Megan Schwamb tentou localizar outros membros da população hipotética de Sedna. Embora a pesquisa tenha sido sensível a movimentos a até 1 0000 UA e tenha descoberto o candidato a planeta anão 2007 OR10, ela não detectou outros corpos com órbitas parecidas à de Sedna. Simulações subsequentes incorporando os novos dados sugeriram que cerca de 40 objetos do tamanho de Sedna devem existir na região.






quinta-feira, 12 de abril de 2012


CONSTELAÇÕES

Na astronomia moderna, uma constelação é uma área internacionalmente definida da esfera celeste. Essas áreas são agrupadas em torno de asterismos, padrões formados por estrelas importantes, aparentemente próximas umas das outras no céu noturno terrestre.

Há 88 constelações reconhecidas pela União Astronômica Internacional (UAI) desde 1922. A maioria delas inclui-se nas 48 constelações definidas por Ptolomeu em seu Almagesto, no século II; as outras foram definidas nos séculos XVII e XVIII, sendo que as mais recentes se encontram no céu meridional, definidas por Nicolas Louis de Lacaille em Coelum australe stelliferum (1763).

Existem também numerosas constelações históricas não reconhecidas pela UAI, bem como constelações reconhecidas em tradições regionais da astronomia ou astrologia, como a chinesa, a hindu ou a aborígine australiana.

CONSTELAÇÃO DE NUVEM ESCURA

Regiões escuras da Via Láctea são mais visíveis e surpreendentes no hemisfério sul que no norte. Elas se destacam nitidamente quando as condições da noite são tão escuras que a região central da Via Láctea lança sombras no chão. Algumas culturas distinguiram formas nessas áreas e deram nomes a essas "constelações de nuvem escura". Membros da civilização inca identificaram várias áreas escuras ou nebulosas escuras na Via Láctea como animais e associaram sua aparição com chuvas sazonais. A astronomia aborígine australiana também descreve constelações de nuvem escura, a mais famosa sendo a "ema no céu", cuja cabeça é formada pela nebulosa do Saco de Carvão.

CONSTELAÇÃO DE "UAI"

Em 1922, Henry Norris Russell ajudou a UAI a dividir a esfera celestial em 88 constelações oficiais. Onde possível, essas constelações modernas normalmente utilizam os nomes das suas predecessoras greco-romanas, como Orion, Leo ou Scorpius. O objetivo do sistema é o mapeamento de áreas, isto é, a divisão da esfera celestial em campos contíguos. Das 88 constelações, 36 situam-se predominantemente no céu setentrional e as outras 52 predominantemente no meridional.

Em 1930, os limites entre as 88 constelações foram definidos por Eugène Joseph Delporte ao longo de linhas verticais e horizontais de ascensão reta e declinação. Entretanto, os dados que ele usou se referiam à época B1875.0, que foi quando Benjamin Apthorp Gould primeiro fez a proposta de definir limites para a esfera celestial, uma sugestão sobre a qual Delporte basearia seu trabalho. A consequência desta referência antiga é que, devido à precessão dos equinócios, os limites em um mapa estelar moderno, como da época J2000, já estão um tanto distorcidos e não são mais perfeitamente verticais ou horizontais. Este efeito vai aumentar nos próximos anos e séculos.

LISTA DAS CONSTELAÇÕES EM PORTUGUÊS E LATIM


Andromeda, Andrômeda (mit.)
Antlia, Bomba de Ar
Apus, Ave do Paraíso
Aquarius, Aquário
Aquila, Águia
Ara, Altar
Aries, Áries (Carneiro)
Auriga, Cocheiro
Boötes, Pastor
Caelum, Buril de Escultor
Camelopardalis, Girafa
Cancer, Cancer (Caranguejo)
Canes Venatici, Cães de Caça
Canis Major, Cão Maior
Canis Minor, Cão Menor
Capricornus, Capricórnio (Cabra)
Carina, Quilha (do Navio)
Cassiopeia, Cassiopéia (mit.)
Centaurus, Centauro
Cepheus, Cefeu ( mit.)
Cetus, Baleia
Chamaeleon, Camaleão
Circinus, Compasso
Columba, Pomba
Coma Berenices, Cabeleira
Corona Austrina, Coroa Austral
Corona Borealis, Coroa Boreal
Corvus, Corvo
Crater, Taça
Crux, Cruzeiro do Sul
Cygnus, Cisne
Delphinus, Delfim
Dorado, Dourado (Peixe)
Draco, Dragão
Equuleus, Cabeça de Cavalo
Eridanus, Eridano
Fornax, Forno
Gemini, Gêmeos
Grus, Grou
Hercules, Hércules
Horologium, Relógio
Hydra, Cobra Fêmea
Hydrus, Cobra macho
Indus, Índio
Lacerta, Lagarto
Leo, Leão
Leo Minor, Leão Menor
Lepus, Lebre
Libra, Libra (Balança)
Lupus, Lobo
Lynx, Lince
Lyra, Lira
Mensa, Montanha da Mesa
Microscopium, Microscópio
Monoceros, Unicórnio
Musca, Mosca
Normai, Régua
Octans, Octante
Ophiuchus, Ofiúco (Caçador de Serpentes)
Orion, Órion (Caçador)
Pavo, Pavão
Pegasus, Pégaso (Cavalo Alado)
Perseus, Perseu (mit.)
Phoenix, Fênix
Pictor, Cavalete do Pintor
Pisces, Peixes
Piscis Austrinus, Peixe Austral
Puppis, Popa (do Navio)
Pyxis, Bússola
Reticulum, Retículo
Sagitta, Flecha
Sagittarius, Sagitário
Scorpius, Escorpião
Sculptor, Escultor
Scutum, Escudo
Serpens, Serpente
Sextans, Sextante
Taurus, Touro
Telescopium, Telescópio
Triangulum, Triângulo
Triangulum Australe, Triângulo Austral
Tucana, Tucano
Ursa Major, Ursa maior
Ursa Minor, Ursa Menor
Vela, Vela (do Navio)
Virgo, Virgem
Volans, Peixe Voador
Vulpecula, Raposa


CONSTELAÇÕES CHINESAS CLÁSSICAS

Na astronomia chinesa clássica, o céu setentrional é dividido geometricamente em cinco "recintos" e 28 casas ao longo da eclíptica, agrupados em quatro símbolos de sete asterismos cada. As 28 casas lunares são uma das mais importantes e também das mais antigas estruturas no céu chinês, atestada desde o século V a.C. Um paralelo com os primeiros catálogos babilônicos (sumérios) de estrelas sugere que o antigo sistema chinês não surgiu independentemente daquele do antigo Oriente Próximo.  A astronomia chinesa clássica é registrada na dinastia Han e aparece na forma de três escolas, que são atribuídas a astrônomos do período Zhanguo.
As constelações das três escolas foram reunidas num sistema único por Chen Zhuo, um astrônomo do século III (período dos Três Reinos). O trabalho de Chen Zhuo se perdeu, mas a informação sobre o seu sistema de constelações sobrevive nos registros da dinastia Tang, principalmente por Qutan Xida. O mais antigo quadro de estrelas chinês sobrevivente data da dinastia Tang e foi preservado como parte dos manuscritos Dunhuang. A astronomia chinesa nativa floresceu durante a dinastia Sung e durante a dinastia Yuan foi crescentemente influenciada pela astronomia islâmica medieval.

HISTÓRIA

A atual lista de 88 constelações reconhecida pela UAI desde 1922 baseia-se nas 48 relacionadas por Ptolomeu no seu Almagesto, no século II. O catálogo de Ptolomeu é relatado por Eudoxo de Cnido, um astrônomo grego do século IV a.C. que introduziu a antiga astronomia babilônica na cultura helenística. Das 48 constelações listadas por Ptolomeu, trinta têm uma história bem mais antiga, remontando pelo menos ao final da Idade do Bronze. Isto se dá, em particular, para as constelações do zodíaco.


CONSTELAÇÕES DE SIGNOS

Movimento do Sol
Constelação
Signo Tradicional
Atualmente (2011)
Duração
Áries
22 de março a 21 de abril
20 de abril a 14 de maio
25 dias
Touro
22 de abril a 21 de maio
15 de maio a 21 de junho
38 dias
Gêmeos
22 de maio a 21 de junho
22 de junho a 21 de julho
30 dias
Câncer
22 de junho a 21 de julho
22 de julho a 11 de agosto
21 dias
Leão
22 de julho a 21 de agosto
12 de agosto a 17 de setembro
37 dias
Virgem
22 de agosto a 21 de setembro
18 de setembro a 31 de outubro
44 dias
Libra
22 de setembro a 21 de outubro
1 de novembro a 22 de novembro
22 dias
Escorpião
22 de outubro a 21 de novembro
23 de novembro a 30 de novembro
8 dias
Ofiúco
1 de dezembro a 18 de dezembro
18 dias
Sagitário
22 de novembro a 21 de dezembro
19 de dezembro a 20 de janeiro
33 dias
Capricórnio
22 de dezembro a 21 de janeiro
20 de janeiro a 16 de fevereiro
28 dias
Aquário
22 de janeiro a 21 de fevereiro
17 de fevereiro a 12 de março
24 dias
Peixes
22 de fevereiro a 21 de março
13 de março a 19 de abril
38 dias


As datas acontecem um dia mais tarde a cada 70 anos, devido à precessão.
O poeta grego Hesíodo (c.753-c.680 a.C.) escreveu em seu poema "Trabalhos e Dias" que quando a constelação do Órion estivesse no meio do céu e Arcturus estivesse no horizonte ao amanhecer, estava na hora da colheita.

Sol em 21 mar 07

Zodiaco

Ofiuco

zodiaco
Devido à precessão dos equinócios, o Sol atualmente cruza as 13 constelações do zodíaco nas seguintes datas:


Orion

Orion

As constelações surgiram na antiguidade para ajudar a identificar as estações do ano. Por exemplo, a constelação do Escorpião é típica do inverno do hemisfério sul, já que em junho ela é visível a noite toda. Já Órion é visível a noite toda em dezembro e, portanto, típica do verão do hemisfério sul. Alguns historiadores suspeitam que muitos dos mitos associados às constelações foram inventados para ajudar os agricultores a lembrarem quando deveriam plantar e colher.

As constelações mudam com o tempo, e em 1929 a União Astronômica Internacional adotou 88 constelações oficiais, de modo que cada estrela do céu faz parte de uma constelação. Cada constelação tem sua coordenada.


Mapa


Uma constelação fácil de enxergar é Órion, mostrada na figura acima como é vista no hemisfério sul. Para identificá-la devemos localizar 3 estrelas próximas entre si, de mesmo brilho, e alinhadas. Elas são chamadas Três Marias, e formam o cinturão da constelação de Órion, o caçador. Seus nomes são Mintaka, Alnilan e Alnitaka. A constelação tem a forma de um quadrilátero com as Três Marias no centro. O vértice nordeste do quadrilátero é formado pela estrela avermelhada Betelgeuse, que marca o ombro direito do caçador. O vértice sudoeste do quadrilátero é formado pela estrela azulada Rigel, que marca o pé esquerdo de Órion. Estas são as estrelas mais brilhantes da constelação. Como vemos, no hemisfério Sul Órion aparece de ponta cabeça. Segundo a lenda, Órion estava acompanhado de dois cães de caça, representadas pelas constelaçõs do Cão Maior e do Cão Menor. A estrela mais brilhante do Cão Maior, Sírius, é também a estrela mais brilhante do céu, e é facilmente identificável a sudeste das Três Marias. Procyon é a estrela mais brilhante do Cão Menor, e aparece a leste das Três Marias. Betelgeuse, Sírius e Procyon formam um grande triângulo, como pode ser visto no esquema abaixo.



quinta-feira, 5 de abril de 2012



ASTROS

Astro é a designação comum que se dá aos corpos celestes que orbitam no espaço. Entre os astros encontram-se:
  • Asteróides
  • Cometas
  • Estrelas
  • Meteoros
  • Planetas
  • Planetoides
  • Satélites naturais (luas)                               

  • VIA LÁCTEA 

    A Galáxia da Via Láctea ou (Galáxia Via Láctea), comumente referida como a Via Láctea e em Portugal também como Estrada de Santiago, é uma galáxia espiral onde se encontra o Sistema Solar. É uma estrutura constituída por cerca de duzentos bilhões de estrelas (algumas estimativas colocam esse número no dobro, em torno de quatrocentos bilhões) e tem uma massa de cerca de um trilhão e 750 bilhões de massas solares. Sua idade está calculada entre 13 e 13,8 bilhões de anos, embora alguns autores afirmem estar na faixa de quatorze bilhões de anos.
    Núcleo

    O núcleo está localizado no centro do sistema, tem a forma de uma esfera achatada e é igualmente constituído por estrelas, mas de idade mais avançada (chamada de população 2), apresentando por isso uma cor mais avermelhada do que o disco. Tem um diâmetro calculado em cerca de cem mil anos-luz e uma altura de trinta mil anos-luz, sendo uma fonte de intensa radiação eletromagnética, provavelmente devido à existência de um buraco-negro no seu centro. Este é envolto por um disco de gás a alta temperatura e por partículas de poeira interestelar que o ocultam, absorvendo a luz visível e a radiação ultravioleta. Porém, na faixa de radiofrequência é detectável com certa facilidade.
    O buraco negro central recebeu o nome de Sagittarius A, sua massa foi estimada em aproximadamente quatro milhões de vezes a massa do Sol. Ao seu redor parece haver indicação da presença de nuvens de gás em rápido movimento e ionizadas. Esta é devida a fortes emissões de raios X e radiação infravermelha provenientes do núcleo galáctico.
    Bulbo central

    O bulbo central galáctico é em torno do núcleo galáctico, sua forma é esférica e constituído principalmente por estrelas do tipo população 2 (estrelas velhas). Esta região da galáxia é rica em elementos pesados. Também estão presentes aglomerados globulares de estrelas semelhantes (de mesma composição), e suas órbitas são aproximadamente radiais ao redor do núcleo.
    Disco

    O disco é a parte mais visível da galáxia, e é nesta estrutura sobre a qual repousam os braços da Via Láctea; sua espessura equivale a um quinto de seu diâmetro. Constituído pela população mais jovem de estrelas (chamada de população 1) de cor azulada, por nuvens de poeira, gás e por aglomerados estelares. As estrelas do disco, têm um movimento de translação em volta do núcleo. Todas as estrelas que observamos no céu nocturno, estão localizadas no disco galáctico.
    Braços espirais
    Estrutura observada junto as extensões extrapoladas dos braços espirais da Via-Láctea.
    Os 4 maiores braços espirais da galáxia junto com o braço menor de Órion estão nomeados como se segue, de acordo com a imagem à direita: 
    Cor
    Braço(s)
    Ciano
    3kpc e Perseus
    Violeta
    Norma (Junto com a sua extensão externa recentemente descoberta)
    Verde
    Rosa
    Existem pelo menos 2 braços menores ou ramificações que incluem:
    Laranja
    Órion (que contém o Sistema Solar e o Sol)

    Fora dos braços principais está o anel externo ou anel de Monoceros, um anel de estrelas ao redor da Via-Láctea que foi proposto pelos astrónomos Brian Yanny e Heidi Jo Newberg. Esse anel consiste de estrelas, poeira e gás capturados de outras galáxias há bilhões de anos atrás.
    Concepção artística da estrutura espiral da Via-Láctea com seus dois braços principais e uma barra.
    Até 1953 não se conhecia a existência de braços espirais na Via Láctea. A visualização da estrutura espiral era ocultada pela poeira interestelar e dificultada por ser efetuada do interior da própria galáxia. Até 2008 acreditava-se que possuía 4 braços mas imagens reveladas pelo telescópio Spitzer vieram refazer uma teoria de décadas como acreditavam todos os astrónomos. Robert Benjamin da Universidade de Wisconsin-Whitewater sugeriu que a Via-Láctea possui apenas dois braços estelares principais: o braço Perseus e o braço Scutum-Centaurus. Os demais braços foram reclassificados como braços menores ou ramificações.
    Esses dois braços principais, Centaurus e Perseus, contêm ambos uma enorme concentração de estrelas jovens e brilhantes. Desta forma, a Via-Láctea é classificada como sendo uma galáxia espiral e seus braços estão em movimento rotatório em torno do núcleo à semelhança de um grande cata-vento. É no braço menor de Órion que está localizado o nosso sistema solar. O Sol efetua uma rotação completa a cada duzentos milhões de anos e está localizado a cerca de 27 mil anos-luz do centro galáctico.
    Componente esférico

    A forma de disco da Via Láctea não é compacta, o centro e o bulbo central configuram uma região chamada de componente esférico. As estrelas compreendidas nesta são do tipo 1 e tipo 2, estando distribuídas de forma mais ou menos uniforme. Esta região é envolta pelo Halo e somente identificável de forma indireta.
    Halo

    O halo tem uma forma esférica e é constituída por partículas ultra excitadas a alta temperatura, anãs vermelhas, anãs brancas e por aglomerados globulares, que estão em órbita em torno do centro de massa galáctica. O halo, como tal, não é observável opticamente. As estrelas que formam os aglomerados globulares (de forma esférica) são as mais antigas da galáxia. Por ser o componente menos conhecido da Via Láctea, supõe-se que sua estrutura seja gigantesca. O Halo envolve toda a estrutura visível da galáxia. Sua existência é demonstrada pelos efeitos provocados na curva de rotação externa da galáxia. É sabido, porém, que o halo se estende para além de cem mil anos-luz do centro galáctico. A sua massa gira entre cinco ou dez vezes maior do que a massa restante da galáxia. Sua forma, seus componentes e seus limites no espaço intergaláctico são desconhecidos até o início do século XXI, e muitas das afirmações acerca do halo são especulações científicas.
    Dificuldades na sua observação
    A observação e o estudo da Via Láctea é dificultado pelo fato de o plano galáctico estar obscurecido por nuvens de poeira e gás (atômico - H e molecular - HII) que absorvem a luz visível. Assim, muito do que sabemos da estrutura geral da nossa galáxia é inferido a partir da observação de outras galáxias e por observação através de observatórios capazes de medições em comprimentos de onda não bloqueados pelas poeiras (nomeadamente infravermelhos Raios X e SHF, principalmente). Uma [imagem gigantesca da galáxia Via Láctea] foi criada, em 2012, a partir de milhares de imagens individuais capturadas por dois telescópios baseados em terra, o telescópio infravermelho do Reino Unido no Havaí e o telescópio de rastreio (visível e infravermelho) para a astronomia no Chile.
    A rotação galáctica
    A Via Láctea descreve como um todo um movimento de rotação. Seus componentes não se deslocam à mesma velocidade. As estrelas que estão a uma distância maior do centro, movem-se a velocidades mais baixas do que as mais próximas.
    O Sol descreve uma órbita que pode ser considerada circular. Sua velocidade relativa ao Universo gira em torno de 225 km/s, seu período de revolução é de aproximadamente de duzentos milhões de anos.
    Envolvente
    A Via Láctea está inserida no chamado Grupo Local de galáxias, que é constituído por cerca de trinta outras galáxias. As principais são a Via Láctea (a mais maciça) e a galáxia de Andrômeda (a de maior dimensão) separada entre si em cerca de 2,6 milhões de anos-luz. Estas duas galáxias espirais gigantes estão em órbita de um centro de massa comum. As restantes galáxias do Grupo Local são de pequenas dimensões e forma irregular, sendo que algumas são satélites da nossa galáxia (como as famosas nuvens de Magalhães) quer da de Andrômeda e a sua cor azul e umas manchas pretas avermelhadas.





    terça-feira, 31 de janeiro de 2012


    ASTROS


    Os Atros são fontes de matéria pura e fina, eles são todos muitos poderosos e tem em sua composição o gás Carbono e essa é a única semelhança que eles tem entre si.
      Os sonhos são todos definições do corpo sobre o que vivenciaram no seu dia-a-dia mais isso pode mudar quando um pessoa sente uma atração tão forte por uma pessoa que isso a torna interligada de certa forma a essa pessoa por isso alguns sonhos se tornam realidade e essa interligação que existem entre duas pessoas é a causa!
      Isso foi cientificamente comprovado e é a certeza de que o celebro é um super órgão do corpo humano ele tem poderes surpreendentes.